Um escrever pueril.

Dia desses, conversava eu com um amigo de infância, e quando digo de infância, não digo desde a infância, a amizade ficou lá trás, perdida entre banhos de piscina e empurrões no balanço do sítio. Passamos horas, ou pelo menos queria que fossem, a dividir histórias, memórias, tesouros que pensei ser a única a guardar.
Cada novo despertar matinal, nesta vida em que não escolhi os caminhos, traz-me apenas a intesidade que esperei na certeza de não mais querer ser adulta. O curioso é que sempre acordo com a mesma vontade de fazer tudo diferente, e, não raro, deito-me sem ter feito nada. Quem dera tivesse eu ainda as preocupações de infante. "Quantas peças faltam-me para completar o quebra-cabeças?"; "Hoje quem serei no meu bricar de faz de conta?". Sinto falta da simplicidade, que hoje mal encontro em minhas palavras.
Também raras.

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