Cianeto.

Seu tórax comprimia-se na esperança de expelir todo aquele ar venenoso de suas entranhas, podia sentir a pressão nos pulmões, nos olhos. As extremidades de seu corpo frágil adormecendo, o gosto salgado (tão familiar), os movimentos lentos. E a mente, fervilhando em teorias e possibilidades, infinitas. O corpo respira, clama por alimento: a alma. Estica-se no divã, toma para si a gravata do Eduardo, a enrola em volta do pescoço e puxa com força. Oxigênio não chega a seu destino, todo o corpo formiga pouco antes de perder a consciência. Mais uma vez amor.
Mais uma vez.

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